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Você sabia que na região do Horto do Rio de Janeiro existem várias cachoeiras além da Cachoeira do Chuveiro? Uma delas é a Cachoeira da Imperatriz, que ainda é pouco visitado e a trilha é bem fácil.
Nesse post falarei um pouco sobre como chegar nesta cachoeira, como fazer a trilha e como aproveitar outras quedas que existem ao longo do caminho. Confira!
Ficha Técnica
Localização: Horto, Floresta da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ.
Dificuldade: Passeio – Nível 1 (entenda o que isso significa – http://bit.ly/1OS9Cad)
Tempo: Aproximadamente 20 minutos (ida).
Atrativos: Cachoeiras
Solar da Imperatriz
Para chegar até o início desta trilha você precisará ir até o Solar da Imperatriz, que fica bem pertinho do Jardim Botânico. O Solar é um prédio histórico que foi construído em 1575, a mando do Rei de Portugal. Além dele também haviam 58 chácara que faziam parte do Engenho Nossa Senhora da Conceição da Lagoa.
Ele foi todo reformado e em 2001 começou a funcionar no local a Escola Nacional de Botânica Tropical, a primeira da América Latina. Se quiser saber mais sobre a história do Solar é só clicar aqui.
Como chegar?
Chegar até o Solar da Imperatriz não é uma tarefa complicada, já que você pega um caminho muito similar ao da Cachoeira do Chuveiro.
Pela Zona Sul
Se você for de ônibus procure ir nos das linhas 409 / 124 / 416 e saltar no ponto final, no Horto. Depois só é possível seguir pela estrada de transporte particular, a pé ou bicicleta. Lembrando que o trecho entre o ponto final até as cachoeiras tem pouco mais de 2km de subida, pelo asfalto mesmo.
Pelo Alto da Boa Vista
Você deverá subir o Alto da Boa Vista até a altura do Corpo de Bombeiros, onde tem uma bifurcação (tem placas apontando o caminho certo) que leva para a Estrada Dona Castorina, que segue em direção ao Horto e passando pela Mesa do Imperador e Vista Chinesa. Você precisará descer toda Estrada Castorina e ir até a Rua Pacheco Leão para chegar ao seu destino.
Chegando no Solar da Imperatriz
Quando você estiver subindo a Rua Pacheco Leão, logo após o ponto final do ônibus 409, perceberá que ela se divide em dois. No caminho da direita, ela se torna a Estrada Dona Castorina. Seguindo por esse caminho você irá em direção à Cachoeira da Gruta, do Chuveiro, do Jequitibá e da Vista Chinesa. No caminho da esquerda, ela continua se chamando Rua Pacheco Leão e seguindo até o final dela você já verá a entrada do Solar da Imperatriz, no fim da rua.
Dentro do Solar da Imperatriz você ainda encontrará algumas vagas para estacionar o carro. Você também pode estacionar ao longo da Rua Pacheco Leão ou em algumas ruas próximas e ir andando até lá. Fique atento ao horário de funcionamento: de 08h às 17h.
Início da trilha
Ao entrar no Solar da Imperatriz você passará pela guarita de entrada do local. Em frente você verá o prédio da Escola de Botânica, mas você seguirá para a esquerda e logo depois virar à direita. Você perceberá que existem algumas casas nesse ponto, é aqui que geralmente estaciono o carro.
Você perceberá que logo em frente existe uma rua mais estreita, logo ao lado de uma casarão amarelo. Não siga de carro nela, pois ela é só para moradores da região. A partir desse ponto você deverá seguir a pé.
Em menos de 5 minutos de caminhada você chegará a um pequeno largo que tem algumas casas de moradores e verá a entrada da trilha, sem nenhuma sinalização.
A partir de então você começará a trilha pela mata. Ela é bem marcada, mas não é sinalizada. Em 2 minutos você chegará na primeira bifurcação.
Primeira bifurcação (Parque da Cidade x Poços do Solar da Imperatriz)
Na primeira bifurcação, se você seguir pela esquerda irá pegar um trecho com um aclive mais acentuado e você já entrará na trilha transcarioca. A partir de então começa a ter sinalização na trilha. Seguindo por esse caminho você também poderá ir até o Parque da Cidade, mas precisará por outra bifurcação. Nessa trilha você não passará pelos Poços da Imperatriz, apenas vai em direção à Cachoeira da Imperatriz.
A trilha para os Poços do Solar da Imperatriz
Seguindo a direita da primeira bifurcação, você pegará a trilha para os Poços do Solar da Imperatriz, a trilha não é bem sinalizada mas é bem marcada. Ela é bem fácil, com poucas subidas e descidas, sendo plana a maior parte do tempo. Em aproximadamente 7 minutos você já começará a ouvir o rio e verá mais uma bifurcação.
Segunda Bifurcação (Poços do Solar da Imperatriz x Cachoeira da Imperatriz)
Nesta segunda bifurcação, se você for para a direita, em direção ao rio, já poderá ver o encontro dos rios. É só descer o barranco, atravessar o rio e seguir andando pelo rio que vem de frente para chegar aos poços, se subir o rio que beira o barranco não vai encontrar outras quedas.
Subindo o rio da frente, você já encontra logo no início um grande poço, mas que não é muito fundo. Ele é ótimo para quem quer aproveitar uma piscininha.
Logo acima dele você encontrará uma pequena queda d’água, nela existe uma pedra onde você pode ficar sentado em receber toda a massagem nas suas costas. Não é grande, mas a força da água é muito boa.
Subindo mais o rio você encontrará ainda outras quedas, mas nenhuma tão grande que dê para ficar em pé e a água cair sobre o seu corpo. Em todas você precisará sentar para tomar banho e aproveitar os pequenos poços.
A melhor de todos os poços tem uma queda um pouco maior, que fica em uma fenda entre duas pedras. Além disso esse é o maior poço e mais fundo. Tem um ótimo espaço para você passar uma manhã, pois bate sol mesmo com as árvores em seu entorno. Subindo o rio você não encontrará nenhum outro poço ou queda melhor que esta, portanto esse ponto é sempre o meu limite quando faço esta trilha para depois seguir para a Cachoeira da Imperatriz.
Descendo todo o rio novamente e subindo o barranco, voltamos para bifurcação, mas dessa vez seguimos na outra direção, margeando o rio. A partir deste ponto começa a trilha da Cachoeira da Imperatriz.
A trilha para a Cachoeira da Imperatriz
Seguindo a trilha, você perceberá que ela é bem marcada e que tem muitas jacas caídas ao longo do caminho. Em pouco tempo de caminhada você atravessará um pequeno rio e já começará a ver as sinalizações da trilha transcarioca e vai saber que está no caminho certo. Em 5 minutos você chegará a um largo onde verá o Jequitibá do Solar.
O Jequitibá do Solar
O Jequitibá é um árvore centenário que possui mais de 20 metros de altura. É uma atração à parte quando você faz essa trilha. Vale muito a pena parar um tempinho nessa parte para contemplar sua beleza e pegar fôlego para continuar a trilha.
A partir desse ponto, a trilha sempre terá uma subida bem leve. Tão leve que é quase imperceptível, parecendo plana o tempo inteiro. Esse trecho é o mais demorado, você vai levar aproximadamente 10 minutos para começar a ouvir o barulho da queda d’água da Cachoeira da Imperatriz à sua esquerda.
A Cachoeira da Imperatriz
Durante a trilha, fique sempre atento ao seu lado esquerdo. A placa indicando o ponto para descer até a Cachoeira da Imperatriz fica deste lado e um pouco no alto. Se não ficar atento, pode acabar passando.
A descida é bem fácil, mas pode estar escorregadia se outras pessoas estiverem passado molhadas antes, portanto muito cuidado.
A Cachoeira da Imperatriz é uma das minhas favoritas na região, pois ela na maioria das vezes está vazia e a queda d’água é muito boa.
Ela tem um pequeno poço, que é bem raso com água abaixo do joelho.
Consegui tomar banho em 3 pontos diferentes nesta cachoeira. Na primeira parte, a mais fácil, você tem a queda mais fraca, que fica escorrendo mais pela pedra.
A segunda parte, você precisa subir a cachoeira. Parece complicado, mas não é. Só precisa tomar cuidado para não escorregar mesmo. Você ficará meio que dentro de uma grutinha e a queda é bem forte. É o melhor lugar para aproveitar esta cachoeira.
Para os mais aventureiros, radicais e experientes, você pode tentar subir ainda mais a cachoeira para aproveitar a queda de cima. Ela também é ótima, mas é perigoso pois escorrega muito. Só suba se tiver plena confiança no que está fazendo. É importante ressaltar que já houveram relatos de queda desse ponto, portanto a atenção é triplicada, pois pode ser fatal.
Represa
Voltando para a trilha, você vai seguir mais adiante e não voltar para ir embora. Em menos de 100 metros você chegará até a represa. Nessa parte existe uma bifurcação, ou você fica para tomar banho na Represa ou você segue o caminho em direção à Cachoeira do Jequitibá.
A Cachoeira da Represa
Você não precisa ficar muito tempo na represa, pois subindo ela existe a Cachoeira da Represa, que quase ninguém conhece, mas que é muito boa. Esse não é o nome oficial dela, eu que acabei nomeando desta forma por não ter nenhuma placa de sinalização nela.
Você deverá subir pelo lado esquerdo da represa para chegar até a cachoeira. A trilha é subindo o rio mesmo e em 5 minutos você já consegue visualizar ela bem.
É só aproveitar bem cada um dos lugares que falei nesse post e depois pegar o mesmo caminho para voltar ao estacionamento. Não tem muito mistério, a trilha é bem marcada na maior parte do tempo. O trecho de maior dificuldade de localização é nos Poços da Imperatriz, portanto atenção redobrada nesta parte. Depois conta pra gente o que você achou desta trilha nos comentários!
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vini, eu subi o rio até o final e vai sair naquela represona que dá na cachoeira do quebra…
mas ali me pareceu dificil subir e tb porque ali parte da pista cedeu, então voltei logo pra trilha dali…
abs, parabens pelo trabalho
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Oi Matheus,
Bom saber! Pois é, infelizmente a pista cedeu e até agora não consertaram. Imagino que deve estar bem complicado passar por ali agora!
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Irei conhecer amanhã. Imperatriz e gruta. Primatas comheci a pouco tempo.
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Oi Nóli! Que bom! Espero que goste!