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Se você gosta de ecoturismo, o Complexo da Zilda é o seu verdadeiro paraíso. Nele você encontra cachoeiras, escorregadores, grutas, corredeiras, artes rupestres, entre outras inúmeras atrações de tirar o fôlego.
Localizado a cerca de 12 quilômetros de Carrancas/MG (280 km de Belo Horizonte), onde estão as nascentes do rio Capivari, este foi o lugar encontrado pela TV Globo para gravar a novela “O Fim do Mundo” que foi ao ar em 1996.
Continue lendo para conhecer em detalhes todos os atrativos desse lugar mágico onde é possível ter aventuras e estar em contato com a natureza em sua mais pura exuberância!
Por que Zilda?
O Complexo é assim chamado porque, diz a história, ali viveu uma das mais belas jovens de Carrancas. Ela se chamava Zilda.
O Complexo da Zilda
Essa foi a nossa segunda vez viajando por Carrancas. A primeira parada foi o Complexo da Zilda onde visitaríamos as pinturas rupestres, a Cachoeira do Índio e a Cachoeira da Zilda.
Chegando lá, tivemos uma surpresa, dois dias antes a Cachoeira da Zilda foi fechada pelo proprietário e não podia mais ser acessada para visitação, portanto tivemos que pensar em um plano B. Então seguimos para o Complexo da Zilda 2, onde conhecemos outros atrativos.
O Complexo da Zilda é uma área de conservação da Fundação Biodiversitas e está no ecótono Mata Atlântica/Cerrado. Ao total são dois quilômetros de extensão.
Ele é composto de 70 cachoeiras. A queda principal tem uma pequena praia e é cercada de muita vegetação. A junção da Cachoeira dos Anjos e das águas que saem da chamada Racha da Zilda é uma das paisagens mais bonitas de toda a região.
Já o escorregador parece um tobogã, ele foi esculpido pelas águas durante milhares de anos, o que tornou a rocha lisa. No caminho, você se depara com pinturas feitas nos paredões, as chamadas artes rupestres.
Há também diversas pequenas quedas d’água que são muito boas para se refrescar e relaxar.
Depois da Cachoeira principal é possível, por meio de uma trilha pelas pedras, na lateral do rio, ou também pela vegetação, alcançar o Poço da Proa (conhecido também como Poço do Navio). Este é um excelente local para banho, vale muito a pena se esforçar pela trilha para chegar ali.
Atenção: se você está planejando ir pela primeira vez, é muito indicado contratar um guia local. Apesar de não haver muita complexidade, é possível se perder. Além disso, os guias conhecem as trilhas que exigem menor esforço e têm a história do lugar na ponta da língua, o que pode tornar sua experiência mais enriquecedora e agradável.
As 8 principais atrações do Complexo da Zilda
Conheça, agora, as principais razões para você colocar o Complexo da Zilda nos lugares que não pode deixar de visitar:
1. Cachoeira do Índio
A Cachoeira do Índio não tem uma queda d’água muito alta. No entanto, o acesso a ela é muito fácil e o poço que se forma aos seus pés é bem agradável. Quando o nível das águas não está muito alto, é possível atravessá-lo molhando apenas até a cintura.
Além disso, há diversas pedras que servem como uma espécie de “ponte” para quem não quer se molhar. Vale bastante a pena curtir um tempo de relaxamento ali.
2. Pinturas Rupestres
O complexo também possui relíquias arqueológicas. Uma delas é a arte rupestre, ou seja, pinturas feitas por povos primitivos nas pedras. Na Lapa da Zilda, por exemplo, essas inscrições são protegidas por arames farpados para evitar que vândalos as modifiquem.
Este é um excelente atrativo para quem gosta de história e reconhece o valor das artes antigas e da arqueologia.
3. Cachoeira da Zilda
Se você gosta de trilhas com um pouquinho mais de dificuldade, o caminho para chegar até a Cachoeira da Zilda vai te encantar. Ele inclui andar pelo meio da mata, escalar alguns paredões de pedra e também travessia dentro do rio.
Para chegar até a Cachoeira da Zilda se alcança através de algum esforço, recompensado imediatamente pela visão estonteante que se tem do alto das quedas – enxerga-se lá embaixo o poço perfeito para banho, ladeado por uma praia de areias brancas formadas pelas rochas de quartzito da região.
4. Cachoeira da Proa
A Cachoeira da Proa deságua no Poço da Proa. Ali, você encontra diversas plantas carnívoras, as chamadas “Droseras Montana” em meio as pedras. Fique tranquilo, elas não vão te morder.
Peça ao seu guia para levá-lo à cachoeira e ao poço da Proa. A maioria dos turistas não chega até ali, o que torna o lugar bem isolado e misterioso.
5. Poço do Guatambú
Esta é uma das atrações mais belas em Carrancas! A exuberância natural do local é de encher os olhos, não há quem diga o contrário.
Depois de passar por uma trilha ao lado da água, no meio a mata, e seguir caminhando entre e sobre as pedras, chega-se ao Poço do Guatambú. Vá disposto, para não desistir no caminho, pois o percurso é bem complicado; vale muito a pena.
O Poço do Guatambú está aos pés de uma queda d’agua relativamente rala, porém muito alta. A magia fica por conta da luz do sol que reflete bem no local da cascata – ao redor, mata muito fechada.
Aproveite para mergulhar nas águas cristalinas do local. Você vai ver que a tranquilidade do lugar vai revigorar suas forças, ainda que para chegar até ali você sofra um bocado.
6. Racha da Zilda
O mais surpreendente do Complexo da Zilda é que, por mais que a gente se esforce, não é possível imaginar o que vamos encontrar depois de passar pelas trilhas dentro da mata. Depois de descer paredes de pedras e cruzar as águas, você chega à escondida Racha da Zilda.
De um lado, a Cachoeira dos Anjos e, de outro, a pequena corredeira que sai da montanha e traz as águas da Racha. Em ambos os lados, paredes de pedra e vegetação formam uma espécie de santuário de proteção ao lugar.
Fique ligado, este é um passeio para quem já sabe nadar. Chegar até a Racha é um tanto quanto difícil, pois é necessário atravessar o poço Sonrisal, entrar no cânion que dá passagem para a racha e cruzá-la nadando contra as forças da água (correntezas).
7. Escorregador da Zilda
O Escorregador da Zilda tem aproximadamente seis metros, e fica logo no início do Complexo. Ele é perfeito para quem gosta de se divertir bastante ao natural! Na nascente, exclusiva deste atrativo, você vai querer passar horas se refrescando.
O Escorregador está a uma distância de aproximadamente 12km da cidade, mas fica em uma trilha de acesso fácil, dentro de uma propriedade particular onde é possível se instalar em um camping.
Você sobe pela trilha de pedras para chegar ao topo do escorregador e desce conforme quiser (quanto mais alto subir, maior a aventura da descida!).
8. Cachoeira das Onças
Esta cachoeira não é tão visitada, também não conseguimos conhecê-la e, com isso, não temos informações.
Como chegar ao Complexo da Zilda?
Para chegar ao Complexo da Zilda, suba pela rua da praça de Carrancas e vire a esquerda. Preste atenção nas placas indicativas.
Em uma determinada altura, não existem mais placas. Eis aí um grande motivo para contratar um guia local!
Valores (taxas de visitação):
Aqui estão os valores das taxas de visitação que você vai pagar no Complexo da Zilda, de acordo com o site carrancas.com.br:
- Escorregador da Zilda + cachoeira do Escorregador: R$ 3,00;
- Circuito cachoeira do Índio, cascata da Zilda e poço da Proa: R$ 3,00;
- Circuito de aventura, circuito Racha da Zilda* (poço Compostela, poço Saci, poço Virada, poço Verde cachoeira dos Anjos e Racha da Zilda*): R$ 10,00.
* Não temos informações sobre os preços que os guias turísticos cobram.
E aí, você já esteve no Complexo da Zilda? Vai incluí-lo na sua lista de locais a visitar em Minas Gerais? Deixe seu comentário!
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O local é razoavelmente bonito, mas a infraestrutura é péssima. Pessoal sem qualificação para atendimento ao público. Só investiram na sinalização para a chegada (por uma estrada de terra horrível). Cobram uma taxa para cada lugar que você vai no complexo, o valor não é necessariamente caro (RS 10,00 – R$ 25,00) caso fosse revertido em estrutura. Chegamos na entrada do complexo e apenas tinha uma pessoa bastante ríspida para fizer que “tudo aquilo era o complexo” e dizer que cada lugar tem um valor para visita, pronto, “deu as costas….” Fiquei indignado para pagar uma ver algo que própria natureza fez, sem investimento algum do valor que cada pessoa paga, pelo menos no escorregador que foi o único lugar que fui. Nem míseras placas educativos colocaram, o que contribui com o lixo que vi no caminho.