Chapada das Mesas: o que fazer em 5 dias? #36

Tempo de leitura: 7 minutos

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No carnaval resolvemos fugir um pouco da bagunça da cidade e nos enfiar no meio do mato, para variar um pouquinho. Pela primeira vez visitamos o Nordeste. Fomos conhecer a Chapada das Mesas, que fica na cidade de Carolina, no interior do Maranhão, divisa com o estado do Tocantins.

Primeiro dia – Chegada

No nosso primeiro dia em terras nordestinas, chegamos no pequeno aeroporto de Imperatriz e pegamos 3 horas de estrada para Carolina. Já chegamos perto do fim do dia, só deu tempo de comer alguma coisa, pegar o barquinho para atravessar o Rio Tocantins e ir para a cidade de Filadélfia, que já é parte do Tocantins.
Conhecemos apenas a prainha artificial de lá e voltamos para Carolina para descansar e nos preparar para os próximos dias que estavam por vir.

Segundo dia – Encanto Azul, Poço Azul, Santa Bárbara e Cachoeiras do Itapecuru

No segundo dia começamos os passeios. A primeira parada foi o Encanto Azul. O lugar é maravilhoso, água extremamente cristalina e segundo os guias, ela nem estava tanto pois tinha muita gente lá, parecia um formigueiro humano. Ainda assim, tinha espaço para todos aproveitarem.

Logo depois, fomos em direção ao Complexo Turístico do Poço Azul, nele passamos a maior parte do dia. O lugar é muito bem estruturado. Almoçamos e fomos conhecer as atrações.

A Cachoeira Santa Paula foi a primeira que passamos, como tinha chovido recentemente na região todas as cachoeiras do complexo estavam com um grande volume de água e de coloração marrom, mas ainda sim estavam lindas e deu para aproveitá-las.

Em seguida, passamos pela “Cachoeira do Moreno” que é um filete d’água no meio do caminho para você bebe água. Continuamos a trilha para chegar até a maravilhosa Cachoeira Santa Bárbara, que recebeu esse nome pois no meio da queda tem uma pedra que lembra a imagem da santa. É uma das mais bonitas da Chapada.
Ali pertinho tem a Gruta de Santa Bárbara, onde tem um lugar para você fazer sua oração.

Seguimos para o Poço Azul que, infelizmente, estava totalmente diferente das fotos que vimos na internet. Não tinha nada de azul. 

Subimos a trilha para a Cachoeira dos Namorados, que é mais reservada e por isso recebeu esse nome, se é que me entendem… ( ͡° ͜ʖ ͡°)

De lá, pegamos estrada para as Cachoeiras do Itapecuru, ou Cachoeira Gêmeas, onde ficamos até o anoitecer. Reparamos que só tinha a gente na água e nosso guia gritando pra gente sair da água. Não estávamos entende e saímos. Depois ele nos falou que lá, quando anoitece, fica cheio de raias e enguias elétricas. Tenso!

Terceiro dia – Complexo Turístico da Pedra Caída e Portal da Chapada das Mesas

No terceiro dia fomos para o Complexo Turístico da Pedra Caída. Tudo que você fizer lá dentro tem que pagar, além da entrada. Então, é o dia que você mais gasta dinheiro.

Já que a gente estava lá, fizemos uma trilha de 950 metros que nos levou até o topo da montanha onde havia uma Pirâmide de Vidro. Um lugar para você fazer seus pedidos e orações. Muita paz. Logo depois de relaxar, voltamos para a adrenalina, descendo os 392 metros do morro em uma tirolesa de 1.400 metros. Valeu muito a pena!

Logo depois, pegamos uma outra trilha que nos levou para a Cachoeira do Capelão (muito linda) e depois para a Cachoeira da Caverna, que você chega depois de passar por uma grande caverna. Detalhe, água quente!

E aí, fomos conhecer a principal atração do Complexo. O Santuário da Pedra Caída. Sem palavras para descrever aquele lugar, para mim o mais lindo de toda a Chapada. Pena que não deu para tirar boas fotos, devido a força da água.

Lá você entra em um cânion, que dos dois lados fica “chovendo”, mas na verdade são várias nascentes, o que chamou este lugar de Cachoeira do Refresco. Seguindo o caminho você chega até o Santuário, uma grande queda d’água no meio dos cânions.

Fomos embora do Complexo para conhecer o cartão postal da Chapada das Mesas, o Portal da Chapada, que fica a 76 metros de altura e tem 640 metros de trilha. O lugar tem uma vista privilegiada de toda a Chapada.

Quarto dia – Cachoeiras São Romão e Prata

No quarto dia fomos conhecer as cachoeiras mais distantes. A Cachoeira São Romão e a Cachoeira da Prata. Para chegar até elas, precisamos enfrentar 25 km de BR e mais 83 km em estrada de terra.

A Cachoeira São Romão é incrível, lembra muito as quedas de Foz do Iguaçú. Você pode passar por trás de toda a cachoeira até chegar em uma gruta. Mas, como o volume de água estava enorme, não atravessamos ela toda, ficamos mais no início, porque também era época de acasalamento das Andorinhas.

Também aproveitamos algumas quedas que se formaram perto dela, pelo alto volume de água e ficamos na Prainha da cachoeira.

Almoçamos lá mesmo, provamos suco de Tamarindo e Cagaita. Ambos muito gostosos. Seguimos para a Cachoeira da Prata, que é muito bonita também, mas foi apenas para contemplação, nada de banho.

Na volta, tivemos um probleminha no nosso carro, faltando 10km para chegar até a BR e não pegava sinal de celular. Voltamos andando boa parte do tempo, até chegarmos a Cachoeira do Dodô onde chamamos o pessoal da agência para nos buscar.

Quinto dia – Morro do Chapéu e Volta

No último dia, acordamos bem cedo para subir o maior morro da Chapada das Mesas, o Morro do Chapéu. Ele tem 378 metros de altura e a trilha para chegar até o topo é bem puxada, são 500 metros de trilha em escalaminhada. O guia nos disse que geralmente eles fazem em 40 minutos sozinhos e com outros visitantes em 1 hora.

Nosso ritmo foi tão bom, que subimos em 38 minutos, mas deu pra cansar bastante. Lá em cima, você tem vários pontos de vista, pois consegue ir em outras trilhas em cima do próprio Morro. Lá você consegue ver a Chapada inteira.

Precisamos descer correndo, pois vimos que haviam nuvens de chuva se aproximando. Arrumamos nossas coisas e voltamos para a casa com a sensação de que queremos voltar.

Ainda tem muita coisa a ser desbravada por lá, para você terem ideia, são 65 cachoeiras catalogadas, sendo apenas 19 abertas para visitação. O restante é tudo em mata fechada, só desbravando para conhecer.

Confira o vídeo:

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