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Quem diria que no meio da cidade do Rio de Janeiro existe um grande lago em uma altitude de aproximadamente 400 metros. O Açude do Camorim fica situado no Parque da Pedra Branca, bem pertinho do Rio Centro. A trilha é bem fácil e possui dois atrativos, o Açude e a Cachoeira.
Dentro da floresta, em uma bacia fechada pelas montanhas, encontra-se o surpreendente Açude do Camorim, com área de 210.000 m³ e profundidade de 18 metros, 435 acima do nível do mar, o açude possui cerca de um quarto do tamanho da Lagoa Rodrigo de Freitas. O açude por incrível que pareça, não é natural e sim foi planejado por Sampaio Corrêa e construído por Henrique de Novaes em 1908, formando um dos mais belos recantos de toda cidade Maravilhosa.
Origem da palavra Camorim
Camorim é um nome derivado do Tupi “CAMURY”, CA (Mata) e MURY (mosca ou mosquitos), “mata com muitos mosquitos”. Esse nome designa o bairro, e sua principal estrada de acesso, o açude e uma cachoeira. Toda essa região pertencia a Gonçalo Correia de Sá e era conhecida como Pirapitingui (peixe de escamas branca). Nela, Correia de Sá possuía a antiga fazenda do Camorim, onde, em 1625, mandou levantar a capela de São Gonçalo de Amarante, padroeiro do lugar, que existe até hoje.
O açude do Camorim
O açude está localizado entre as Serras do Quilombo, do Nogueira e o Pico do Sacarrão, num vale cercado de muito verde, mais abaixo encontramos as cachoeiras do Camorim e Véu-da-Noiva, essa última junto à represa de captação e à caixa d’Água, construídas em 1908. Infelizmente não é permitido o banho nas águas do açude, pois as mesmas abastecem até hoje parte da Zona Oeste do Rio de Janeiro e sem contar que existem perigosos sumidouros no açude.
A maior parte do bairro do Camorim e Vargem Grande está ocupada pelas montanhas do maciço da Pedra Branca, abrangendo a Pedra Rosilha e a Serra do Nogueira. A herdeira de Correia de Sá, Dona Vitória de Sá, tinha um primitivo engenho que foi dividido em três grandes fazendas. Esse engenho era enorme e era chamado de Engenho do Camorim, ele incluindo o atual bairro do Camorim, de Vargem Pequena, de Vargem Grande, parte da Barra da Tijuca e parte do Recreio dos Bandeirantes. Dona Vitória deixou em testamento o Engenho do Camorim para os padres beneditinos, que ocuparam a região por cerca de 200 anos.
Localização
Situado na Zona Oeste da cidade, o Parque Estadual da Pedra Branca é o maior parque natural urbano do mundo, com área de 12.500 hectares, para se ter uma ideia que não é pouca coisa, é ele possui uma área quase 3 vezes maior que o Parque Nacional da Tijuca, onde se encontram as trilhas do Pico da Tijuca, a Pedra Bonita e o Bico do Papagaio. O parque protege resquícios da nossa Mata Atlântica e nele encontramos além do Pico da Pedra Branca que é o ponto culminante da cidade do Rio de Janeiro com 1024 metros de altitude, as represas do Camorim e do Pau da Fome, um antigo aqueduto, antigas fazendas coloniais e um importante patrimônio arquitetônico, com a Capela de São Gonçalo do Amarante, construída em 1625, a Igreja de Nossa Senhora de Monserrat, de 1776, e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição e São Boaventura, construída por volta de 1730.
A trilha do Açude do Camorim
A trilha é toda sombreada e o percurso se desenvolve em meio a floresta de Mata Atlântica. Não apresenta trechos muito íngremes e é considerada de nível leve. É uma trilha freqüentada por muitos idosos e crianças. São cerca de três quilômetros de caminhada, e oferece uma linda visão do açude do Camorim, que tem tamanho aproximado de um quarto da Lagoa Rodrigo de Freitas e abastece, hoje, 9.000 moradores da região. Seu ponto de partida é o Núcleo Camorim e sua duração é de aproximadamente duas horas e meia de caminhada (ida e volta).
A trilha para o Açude do Camorim começa um pouco depois do portão de entrada da sub-sede do Camorim. Essa sub-sede está localizada no final da estrada do Camorim. Na sub-sede, após o portão do parque entrar na primeira trilha a sua esquerda, nesse ponto existe uma placa indicando a entrada da trilha para o Açude do Camorim, mas antes de pegar a trilha é obrigatório fazer o registro de entrada no escritório local do parque.
Além disso, é muito bem marcada e segue sempre subindo com um desnível aproximado de 300 metros, na trilha quando passar por bifurcações é só seguir a mais marcada e em mais ou menos 1 hora e 10 minutos de caminhada chega-se ao açude. Essa parte da trilha está bem marcada porque além das pessoas que visitam o açude caminhado também tem o pessoal do moto-cross que entra clandestinamente no parque e vai de moto até o açude. Quem tem um olho mais atento pode reparar nas marcas dos pneus na trilha. Nessa parte da trilha é possível de avistar parte das formações rochosas que compõem o Parque da Pedra Branca e também em um pequeno mirante podemos admirar o Maciço da Tijuca e a Pedra da Gávea. Nessa parte da trilha vamos ver vários muros de pedras cobertas de limo no nosso lado esquerdo, as pedras são sobras da construção da represa.
O que levar
- Use tênis confortável com meias, e solado para trilhas;
- Indicado para pessoas com boa saúde e acostumadas a fazerem atividades físicas moderadas pelo menos duas vezes por semana.
- Carregue os seguintes pertences numa mochila resistente e confortável:
- Garrafa de 2 litros d’ água por pessoa;
- Lanche de trilha (Sanduíche, Biscoito, Barra de Cereais, Frutas, etc…);
- Boné ou Chapéu;
- Protetor solar; Repelente; Saco de lixo; Óculos escuros;
- Capa de chuva; agasalho, Máquina fotográfica;
- Medicamento de uso pessoal e documentação(RG, CPF e carteira do plano de saúde)
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realmente uma maravilha de lugar, já estive 2 vezes neste lugar uma delas o grupo dormiu na torre caída, pegamos a trilha que começa na boca do mato em vargem pequena.
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Nossa que lugar lindo, vou lá até o final do ano , para sentir a natureza, perfeito