Saco do Mamanguá em Paraty – Experiência do Leitor

Tempo de leitura: 3 minutos

Diga-me se já ouviu falar em algum lugar chamado Saco do Mamanguá? Bom, certamente, muitas pessoas não conhecem, mas Paraty, com certeza, você já foi ou ouviu algo sobre… Pois então, este paraíso está localizado em Paraty. Se você, caro leitor, assim como eu deseja fugir das grandes rotas de turismo e busca locais ainda preservados, leia este breve relato!

Como chegar ao Saco do Mamanguá?

O acesso ao Saco do Mamanguá ocorre por via terrestre através de trilha ou via marítima. Optamos em ir de barco por causa das bagagens e do tempo curto.

Saímos da Rodoviária Novo Rio às 00:00 e desembarcamos em Paraty-Mirim às 05:30. De lá até nosso destino leva-se em média 30 minutos. O local não tem muita estrutura para receber turistas (o que em certo ponto é bom), não tem energia elétrica, poucas opções de refeições e hospedagens.

Camping do Seu Orlando

Nosso destino foi o camping do Seu Orlando, ele foi o barqueiro, o nosso guia local, é o dono do restaurante e ainda é o pastor da Igreja e pescador. O Seu Orlando é um Senhor de 66 anos que exibe vitalidade, pontualidade, muito atencioso e simpático. Fiquei fã daquele Senhor com os cabelos brancos, pele queimada do sol e cheio de sabedoria caiçara.

Ao chegarmos, montamos nossas barracas e seguimos para um passeio de barco pela região. Descemos na Praia do Manoel, onde iniciamos a trilha para a Cachoeira do Rio Grande.

Quando retornamos seguimos direto para o almoço. Uma ressalva mais que especial: o menu é ótimo para os que curtem frutos do mar. É tudo pescado e preparado na hora. No cardápio, tem peixe, lula, camarão etc. Lá ainda existe a opção de alugar um caiaque e percorrer o manguezal.

Casa do filme Crepúsculo

Na parte da tarde, fizemos uma segunda trilha, fomos à casa que foi gravado o filme Crepúsculo. O acesso à residência é proibido, mas a praia é ótima. Ah, a casa é muito bonita e segundo o Sr. Orlando cobram uma diária de R$ 17,000 para aluguel.

A noite no Saco do Mamanguá

À noite, os geradores são ligados e o vilarejo fica com luz elétrica (meio fraca) das 18:00 às 22:00. Neste intervalo de tempo, fizemos uma confraternização com petiscos, música do celular, conversa, risada, vinho e figurinos tropicais.

Morro do Pão de Açúcar

No dia seguinte, nosso destino foi a trilha para chegar ao topo do Morro do Pão de Açúcar. Este local é o cartão postal do Saco do Mamanguá, então estávamos todos apreensivos e ansiosos. Uns moradores falavam que a trilha era tranquila, outros falavam que era só subida. Independente da dificuldade, eu iria. Levamos em torno de 1:20 h para chegar ao topo. O caminho é coberto e quase ele todo de subida, mas nada muito pesado ou com obstáculos naturais.

O Morro do Pão de Açúcar merece um destaque especial. Gente, que local lindo! Que cor de água linda! Que visual incrível! É uma formação rochosa brasileira similar aos Fiordes escandinavos. Temos uma visão 360º do “braço do mar”, com aproximadamente 8 km de extensão, adentrando a Mata Atlântica ainda preservada. É uma paisagem que inspira e encanta. Sinto-me privilegiada por ter conhecido um local como aquele. Um local de reflexão, gratidão e que inspira positivamente a todos que conhecem. Sem dúvidas voltei renovada! Sim, voltei com picadas de mosquitos, mas voltei querendo mais. Voltei com mais força para buscar meus objetivos pessoais. Voltei com mais sabedoria e autoconhecimento. Voltei com novas amizades. E o principal, voltei com a certeza que essa é a melhor forma de gozar a vida.

Texto escrito pela leitora Vanessa Pires.