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Se você está em busca de experiências únicas e desafiadoras, uma viagem pela Selva Amazônica pode ser a aventura perfeita. Localizada na região norte do Brasil, a Amazônia é uma das maiores florestas tropicais do mundo, com uma biodiversidade incrível e uma cultura rica e diversificada.
Durante quatro dias, tivemos este privilégio, acampando em meio à natureza e vivenciando experiências inesquecíveis. Fomos guiados por especialistas locais que compartilharam conosco suas habilidades de sobrevivência na selva, suas tradições e sua rica cultura.
Durante nossa jornada, aprendemos sobre as plantas e animais da região, experimentamos comidas típicas e desafiadoras e descobrimos as belezas e desafios da vida na floresta.
Neste artigo, compartilhamos nossa experiência com o objetivo de inspirar e informar aqueles que sonham em embarcar em uma jornada semelhante. Mostraremos os detalhes da nossa viagem, incluindo o itinerário, as atividades que realizamos, além de dar algumas dicas.
Acompanhe!
Qual a melhor época para fazer uma viagem pela Selva Amazônica?
A melhor época para fazer uma viagem pela Selva Amazônica depende do que você quer ver e fazer durante a sua estadia. A região apresenta duas estações distintas: a seca e a chuvosa. A temporada seca ocorre de junho a novembro, enquanto a estação chuvosa ocorre de dezembro a maio.
Durante a temporada seca, o nível dos rios diminui, o que facilita o acesso a algumas áreas da selva que ficam inacessíveis durante a temporada de chuvas. Além disso, a visibilidade para a observação de aves e outros animais é melhor, já que as folhagens das árvores estão mais escassas. No entanto, a temperatura pode ser bastante alta, com poucas chuvas para refrescar o clima.
Por outro lado, a temporada de chuvas é conhecida por ser a melhor época para observação de vida selvagem, uma vez que a fauna é mais ativa nessa época do ano. Além disso, as cachoeiras e rios ficam mais cheios e as paisagens se tornam ainda mais exuberantes, o que torna o passeio mais interessante. Entretanto, é importante lembrar que as chuvas podem dificultar o acesso a algumas áreas da selva, além de aumentar a incidência de mosquitos.
Portanto, é importante considerar os seus interesses e preferências para decidir qual a melhor época para fazer uma viagem pela Selva Amazônica. Independente da época escolhida, é importante se preparar adequadamente, levando em conta as condições climáticas e os equipamentos necessários para uma experiência segura e confortável na selva.
Como é a Pousada Juma Lake?
A Pousada Juma Lake é um refúgio no coração da Amazônia brasileira. Localizada às margens do Lago Juma, a pousada oferece uma experiência única para os seus hóspedes, com atividades como passeios de barco, caminhadas pela selva, observação de animais e interações culturais com as comunidades locais.
A pousada é composta por apenas seis chalés, todos com vista para o lago. Os chalés foram construídos em harmonia com a natureza, utilizando materiais locais e técnicas sustentáveis, proporcionando conforto e privacidade para os hóspedes. Além disso, a pousada possui um restaurante que oferece pratos da culinária local, preparados com ingredientes frescos e típicos da região.
Os passeios oferecidos pela pousada são uma das principais atrações da região. O passeio de barco pelo Lago Juma é uma experiência inesquecível, onde é possível observar a fauna e flora da região, bem como visitar algumas comunidades ribeirinhas. Já as caminhadas pela selva são uma oportunidade para explorar as trilhas e aprender sobre a biodiversidade da Amazônia.
Além disso, a pousada oferece programas de interação cultural, onde os hóspedes podem conhecer mais sobre as comunidades locais e suas tradições. É possível visitar aldeias indígenas, aprender a pescar e até mesmo participar de rituais tradicionais. A Pousada Juma Lake é uma excelente opção para aqueles que procuram uma experiência autêntica na Amazônia, em um ambiente confortável e preservado.
O que levar para a selva?
Para um passeio de visita guiada pela selva amazônica, é importante levar em consideração o clima e as atividades que serão realizadas.
A selva amazônica é conhecida por suas altas temperaturas e alta umidade, portanto, roupas leves e confortáveis são recomendadas, como roupas de algodão, bermudas e camisetas.
É importante também levar roupas de banho e toalhas, já que muitos passeios incluem atividades aquáticas.
Protetor solar e repelente de insetos são essenciais para se proteger dos mosquitos e evitar queimaduras solares. É interessante optar por repelentes que contenham DEET, pois são mais eficazes contra os mosquitos na selva amazônica.
Além disso, levar uma garrafa de água reutilizável e lanches leves pode ser útil para manter a hidratação e energia durante as atividades.
Um bom par de botas de caminhada é fundamental para explorar as trilhas da selva com segurança e conforto. Opte por botas resistentes à água e com boa aderência, já que muitas trilhas são escorregadias. Um chapéu ou boné também pode ser útil para proteger-se do sol.
Por fim, uma mochila resistente e impermeável pode ser útil para carregar seus pertences, como câmera, celular, documentos, dinheiro e outros itens pessoais. É importante lembrar que a Amazônia é uma região de difícil acesso, portanto, leve apenas o que é essencial e evite sobrecarregar sua bagagem.
O que fizemos na Selva Amazônica?
Veja, a seguir, um detalhamento sobre como foram nossos quatro dias de viagem pela Selva Amazônica!
Dia 1
Manhã: chegada na Pousada Juma Lake
Pela manhã chegamos à Pousada Juma Lake, localizada às margens do Lago Juma.
Foram 3 horas de deslocamento saindo de Manaus. Lá nos acomodamos em nosso quarto, almoçamos, curtimos um pouco o rio e, em seguida, nos preparamos para começar o passeio.
Tarde: passeio de barco + pescaria de piranha
Logo depois do almoço, saímos em passeio de barco para participar de um dos atrativos mais inusitados: a pescaria de piranhas.
Durante o trajeto subimos o Rio Paraná do Mamori, no encontro com o Rio Juma, onde paramos próximo à uma igrejinha e iniciamos a pescaria. O guia nos deu as instruções de como fazer para chamar as piranhas e a partir daí começamos a pescar várias.
Noite: focagem de jacaré
No início da noite, já de volta à Pousada Juma Lake, nos preparamos para participar da focagem de jacaré.
Essa atividade, bastante apreciada na região, é realizada durante a noite em pequenos barcos que navegam pelos rios da região em busca dos jacarés que habitam as águas. O objetivo é encontrar os animais com a ajuda de lanternas e holofotes, permitindo uma visualização mais próxima e detalhada desses animais.
É importante destacar que a atividade é realizada por guias turísticos experientes e treinados, garantindo a segurança dos turistas e dos jacarés. Os guias conhecem bem a região e os hábitos dos animais, e fornecem informações valiosas sobre a ecologia e o comportamento dos jacarés.
É uma atividade emocionante e educativa, permitindo aos turistas uma imersão na fauna amazônica e uma compreensão mais profunda sobre a importância da conservação desses animais.
→ Confira todos os detalhes desse primeiro dia no vídeo a seguir:
Dia 2
Manhã: Nascer do Sol + Trilha pela Floresta
No nosso segundo dia na Selva Amazônica, assistimos o nascer do sol e fizemos uma trilha para conhecer um pouco mais sobre a fauna e flora da floresta amazônica.
O dia já começou bem cedo, acordamos ainda de madrugada na Pousada Juma Lake para ver o nascer do sol. A expectativa estava bem alta, já que o pôr do sol no dia anterior já havia sido muito bonito. Saímos do nosso quarto e já fomos para a beira do rio para embarcar na canoa e começar o passeio.
Infelizmente o clima não colaborou e o céu ficou bem nublado, portanto não conseguimos ver o nascer do sol, mas deu pra aproveitar um pouco do passeio de barco. Voltamos para a pousada para tomar café da manhã e arrumar as coisas para o próximo passeio da trilha.
Deixamos a pousada às 08h e nos deslocamos por cerca de 1h de barco até o local onde começamos a trilha. Ela tem duração de aproximadamente 2h30. O guia nos orientou a tomar muito cuidado onde colocar a mão devido a bichos e espinhos nas árvores.
Durante a trilha o guia nos explicou muitas coisas sobre as árvores, como são usadas no dia a dia, pela indústria, e nos deixou experimentar alguns destes elementos naturais.
Outra coisa muito legal foi poder experimentar a larva do babaçu. Ele retira a larva de dentro da semente e a gente come crua mesmo. Nós experimentamos e o gosto lembra muito o de côco.
Além disso, também colocamos as mãos nas formigas tapibas que são conhecidas como repelentes naturais na floresta.
→ Veja, no vídeo a seguir, todos os detalhes desses passeios:
Tarde: ida para acampamento + passeio de barco com banho de rio no pôr do sol
Ainda no nosso segundo dia de passeio pela Selva Amazônica, na parte da tarde, fizemos um passeio para acampar no meio da mata e voltar apenas no dia seguinte.
O dia estava ótimo, um belo sol, bastante calor, mas as árvores amenizam muito a temperatura. Foram cerca de 30 minutos de deslocamento de barco da pousada até o local, que é bem isolado.
Ao chegar, a primeira coisa que tivemos que fazer foi tentar montar nossas redes e mosquiteiros. A tarefa parece ser simples, mas é bem mais trabalhosa do que a gente imaginava.
Em seguida, voltamos para o barco para aproveitar um bom banho de rio, longe das margens, ótimo para refrescar.
Voltando ao acampamento, ajudamos a encontrar lenha para acender a fogueira onde seria feita nosso jantar. O cardápio foi frango e arroz.
Foi um jantar bem especial, à luz de velas e lanternas. O mais difícil era desviar dos insetos que ficam vindo na direção da luz e batendo na nossa cara.
Noite: passeio de barco para ver as estrelas + dormir no acampamento
Nosso dia não acabou depois do jantar, voltamos para o barco para fazer uma observação das estrelas do meio do rio, sem nenhuma luz. O céu fica maravilhoso e muito estrelado. Infelizmente, não consegui capturar essas imagens com a câmera, mas ficaram na memória. O céu é tão limpo, que foi até possível ver satélites e estrelas cadentes.
Antes de dormir ficamos conversando ao redor da fogueira, neste meio tempo surgiu um lindo marsupial perto das nossas redes e, logo depois, um jacaré bem pequeno. Chamamos o guia para retirá-lo dali e evitar acidentes.
Pode parecer bem tranquilo dormir na rede, mas o barulho da floresta à noite é algo que pode entrar na sua mente e te fazer imaginar muitas coisas. Você acha que tem onça perto, que está escutando pegadas ao redor da sua barraca… Mas é tudo o barulho do vento mexendo a vegetação ao redor.
Por isso, fica a recomendação: se você tem dificuldade para dormir com sons, leva um fone pra ouvir uma música relaxante ou assistir uma série até pegar no sono.
→ Confira, no vídeo a seguir, todos os detalhes dessa aventura:
Dia 3
Manhã: volta do acampamento
Depois de dormir em um acampamento no meio da selva, voltamos para a Pousada Juma Lake, almoçamos, tomamos um bom banho de rio e nos preparamos para o passeio da tarde.
O céu estava com muitas nuvens, então estávamos pessimistas de que conseguiríamos ver o pôr do sol, mas ainda tinha muito passeio pela frente.
Surpreendentemente, ao longo da tarde, o céu ficou muito limpo e foi o dia com mais sol durante toda a viagem, nos proporcionando visuais incríveis e imagens impactantes.
Tarde: passeio de canoa pelo Rio Juma
À tarde, fomos passear de canoa pelo Rio Juma. Foi o passeio mais contemplativo que fizemos, observamos muitos pássaros, comemos frutas direto do pé (Araçá é uma delícia) e o guia nos deu uma aula sobre a região.
Em um determinado ponto, desligamos o motor do barco e começamos a remar pelo rio. Isso foi proposital para tentarmos avistar mais animais, já que muitas vezes o barulho do motor pode afastá-los.
Em seguida, já perto da hora do pôr do sol, paramos no meio do Rio Juma, longe das margens para tomar um ótimo banho de rio. É importante ficar longe das margens pois, geralmente, as piranhas e jacaré ficam por lá se alimentando — dificilmente vão para as áreas mais fundas.
Fomos recompensados com o pôr do sol mais lindo que vimos em toda viagem. A composição de cores nas águas e nas matas foi algo maravilhoso de se ver. Ficamos até o anoitecer e depois voltamos para a pousada.
Dia 4
Manhã: nascer do sol + Casa de Ribeirinhos + Árvore Sumaúma
No último dia pela Selva Amazônica, acordamos bem cedo para ver o nascer do sol, depois conhecemos a casa de uma família ribeirinha e a árvore Sumaúma.
Como a gente não conseguiu ver o nascer do sol em outro dia, pois estava com muitas nuvens no céu, combinamos com nosso guia da Pousada Juma Lake e da Iguana Tour, para nos levar em mais uma tentativa, já que tudo indicava que o dia teria um belo nascer. Foi a melhor decisão que tomamos. O nascer do sol foi simplesmente incrível, mesmo com algumas nuvens no céu.
Quando o sol já estava mais alto voltamos para a pousada e o cenário ainda estava muito lindo. Tomamos um café da manhã bem recheado e saímos para conhecer a casa de nativos.
Chegamos muito rápido lá, foram 10 minutos apenas descendo o rio de barco. O Fininho que nos guiou para conhecer o pomar da casa que tinha muitas plantações. Vimos cupuaçú (e comemos), a palmeira do Tucumã, a árvore Seringueira, a árvore da Canela e a árvore do Babaçu.
Em seguida, fomos até a Casa de Farinha onde recebemos a explicação de como funciona a produção. Por fim, passamos na lojinha de artesanato que tem na casa principal.
Saindo da casa dos Ribeirinhos, pegamos o barco para ver a incrível árvore Sumaúma. A árvore sumaúma, também conhecida como sumaúma-preta ou sumaúma-branca, é uma espécie de árvore da família das fabáceas. Ela é originária da América do Sul e é comum em regiões tropicais e subtropicais, como a Amazônia brasileira.
Ela é conhecida por sua altura e pelo tamanho de suas folhas, que podem chegar a mais de 1 metro de comprimento. Ela também é conhecida pelo seu tronco largo e casca grossa, que pode atingir até 50 cm de espessura. Me senti muito pequeno perto dela, é enorme! A que conhecemos tem cerca de 400 anos de vida.
Tarde: volta
Voltamos para a pousada e, com isso, encerramos nossa jornada inesquecível pela Selva Amazônica.
→ Confira, no vídeo a seguir, os registros do quarto e último dia de nossa viagem pela Selva Amazônica:
Nós recomendamos: conheça os serviços da Iguana Turismo
Nossa viagem pela Selva Amazônica foi feita em parceria com a Iguana Turismo. Se você quiser fazer esse mesmo roteiro que a gente fez, basta entrar em contato com eles:
Site – https://www.amazonbrasil.com.br/
Facebook – https://www.facebook.com/iguanaturismo/
Instagram – https://www.instagram.com/iguanatour
Telefone – (92) 99351-3630