Trekking do Monte Roraima – Dia 3: chegando ao topo

Tempo de leitura: 5 minutos

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Hoje chegamos ao terceiro dia da expedição ao Monte Roraima, e que jornada incrível tem sido. Cada passo nos aproxima mais dessa imensidão espetacular e nos faz sentir pequenos diante da grandiosidade da natureza. Desde cedo, a sensação é de encantamento e superação, como se já fôssemos parte desse ambiente mágico.

Durante a madrugada, fomos acordados algumas vezes pelas rajadas de vento que sacudiam nossa barraca. Apesar do incômodo, ouvir o som da natureza é uma experiência única. Pela manhã, levantamos por volta das 5h30 para apreciar o visual. Os Montes estavam abertos, revelando uma paisagem indescritível que nos deixou boquiabertos. Foi o momento ideal para tirar fotos e guardar na memória esse cenário inesquecível.

Mas a montanha é imprevisível, e logo o tempo virou. A chuva chegou repentinamente, e tivemos que nos abrigar dentro da barraca. Aproveitamos para descansar enquanto esperávamos ela diminuir. Nosso café da manhã foi servido por volta das 7h30, ainda dentro da barraca devido às condições climáticas. No cardápio, ovo, queijo, abacate e o famoso arepa — simples, mas delicioso e energético, perfeito para o dia desafiador que nos aguardava.

Quando a chuva cessou, os Montes voltaram a se abrir, revelando novamente a paisagem de tirar o fôlego. Reunimo-nos com o guia por volta das 8h45 para receber as orientações e tirar nossas dúvidas. Às 9h, demos início à subida. Esse trecho é marcado por um solo argiloso, completamente diferente do que havíamos enfrentado até então. Além disso, tivemos que usar as mãos para nos agarrar às raízes — uma verdadeira escalaminhada que adicionou emoção e um pouco mais de exercício ao percurso.

Por volta das 9h30, atravessamos um bosque encantador, que mais parecia saído de um conto de fadas. Seguimos em direção ao majestoso paredão de rochas, que alcançamos por volta das 11h. Ao chegar, a sensação foi de pura admiração. O paredão é gigantesco e nos faz perceber o quão pequenos somos diante da natureza. Tocamos as rochas e, seguindo a tradição, pedimos permissão para seguir até o topo.

Mais alguns minutos de caminhada nos levaram ao Portal, um lugar mágico repleto de lendas compartilhadas pelos guias. Aproveitamos para fazer uma pausa no mirante e almoçamos com uma vista privilegiada. Nosso lanche, um sanduíche de mortadela com ovo e uma maçã, havia sido preparado ainda no acampamento. Foi também o momento perfeito para usar o drone e capturar imagens deslumbrantes do local.

Por volta das 13h, chegamos ao emblemático “paso de las lágrimas”, onde duas cachoeiras descem do paredão, criando a impressão de lágrimas escorrendo pela rocha. Esse trecho foi um dos mais desafiadores. Subimos através da água, enfrentando superfícies escorregadias e exigindo muito esforço físico. O silêncio predominava, uma reverência natural que parecia ser imposta pelo lugar.

Aos poucos, nos aproximávamos do topo. Por volta das 13h30, alcançamos La Rampa, o último trecho antes do destino final. Subimos grandes pedras que exigiam técnicas de escalaminhada, e a vista era de tirar o fôlego. O cansaço já era evidente, e cada passo parecia uma eternidade. Fizemos uma última pausa para apreciar a formação rochosa conhecida como o Guardião, cuja lenda diz que foi a primeira pessoa a subir o Monte e decidiu nunca mais descer, ficando ali para proteger os aventureiros.

Finalmente, por volta das 14h30, chegamos ao topo do Monte Roraima. A sensação era indescritível: uma mistura de conquista, superação e gratidão. Alguns de nós choraram — a emoção era intensa e contagiante. Mas a jornada ainda não havia terminado. Tínhamos mais uma hora de caminhada até o local de acampamento.

Começou a garoar enquanto seguíamos pelo terreno irregular, com várias subidas e descidas. Por volta das 15h30, chegamos ao “hotel”, uma área protegida sob rochas gigantes onde nossas barracas estavam montadas. Apesar do cansaço, alguns se aventuraram a tomar banho no lago, mesmo com a chuva. Eu, no entanto, preferi trocar minhas roupas molhadas e me aquecer na barraca.

No final da tarde, o frio começou a apertar. Nosso jantar foi penne à bolonhesa, um prato quente e delicioso que revigorou nossos corpos e almas. Passamos a noite conversando, trocando histórias e nos conhecendo melhor. Foi um momento especial, de união e companheirismo.

Antes de dormir, os guias me chamaram e me entregaram um envelope. Era uma carta da minha família, comemorando minha conquista de ter alcançado o topo. O momento foi profundamente emocionante. As lágrimas vieram com força, e percebi o quanto a saudade pode ser avassaladora. Sempre achei exagero quando via participantes de reality shows chorando ao receber mensagens de seus entes queridos, mas agora entendo completamente.

Encerramos o dia com corações aquecidos, apesar do frio lá fora. A expectativa para os próximos dias da expedição era enorme. Estávamos prontos para enfrentar mais desafios e viver mais momentos inesquecíveis neste paraíso chamado Monte Roraima.

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