Trilha do Mirante do Inferno: Parque Nacional da Serra dos Órgãos – Teresópolis (RJ)

Tempo de leitura: 4 minutos

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O Parque Nacional da Serra dos Órgãos é um santuário de biodiversidade e beleza natural, e entre suas muitas trilhas, a do Mirante do Inferno se destaca como uma das mais desafiadoras e espetaculares.

Antes de enfrentar a trilha, é essencial estar bem preparado. A mochila deve ser carregada com água, alimentos energéticos, equipamento de primeiros socorros e, claro, uma câmera para capturar as vistas estonteantes. O início da manhã é o momento ideal para partir, aproveitando o clima mais ameno e a luz suave que banha a floresta.

A gente saiu bem cedinho do RJ a caminho de Teresópolis. Fizemos uma parada no Mirante do Soberbo para ver o nascer do sol, já que o Parque só abriria às 07h. Fomos até o centro para tomar café da manhã em uma padaria e quando deu a hora chegamos no parque. A entrada foi gratuita, em julho de 2023.

Paramos no Centro de Visitantes para ver a exposição, a maquete e para assinar que iríamos fazer a trilha. Ela tem cerca de 2.000 metros de altitude e fica de frente para a Agulha do Diabo ou Penhasco Fantasma, que possui 2.050 metros.

Estacionamos o carro onde fica o antigo hotel do Parque, que no passado a Seleção Brasileira de Futebol se hospedava, e seguimos andando pela estrada até a Barragem, onde começa a trilha. A barragem fica cerca de 1km de distância de onde deixamos o carro, nela pudemos abastecer a garrafa d’água e também ir ao banheiro.

Boa parte da trilha é a mesma que leva até a Pedra do Sino ou seja, começa de forma tranquila, obedecendo as curvas de nível. Depois de 1 hora de caminhada (2km) chegamos na Cachoeira Véu da Noiva, que estava com pouca água. Usamos esse ponto para descanso antes de continuar a subida.

Cerca de 30 minutos depois da Cachoeira Véu da Noiva chegamos em um mirante que dava pra ver a cidade de Teresópolis e outras montanhas ao fundo como os Três Picos, Mulher de Pedra e Pedra do Egito. Também já conseguimos ver o Morro da Cruz, que passamos no decorrer da nossa caminhada.

Fizemos mais uma parada para comer e recuperar as energias. Era um ponto que tem uma bifurcação. Seguindo a trilha, vai em direção à Pedra do Sino. Pegando o outro caminho, vamos em direção ao Cavalo Paraguaio, que é bem mais desafiador e é o trajeto para nosso destino final.

O Cavalo Paraguaio não é uma subida para os fracos de coração. As raízes das árvores servem como degraus naturais, e cada passo é um teste de força e resistência. A lenda local diz que o nome vem da época em que os cavalos usados para subir essa parte da montanha não conseguiam voltar.

Depois de passar pelo Cavalo Paraguaio pelas bifurcações da Cota 2000 e Morro da Cruz, conseguimos já ver de frente a Agulha do Diabo e o Mirante do Inferno. Ou seja, a gente tinha ainda que descer todo o vale para depois subir até o Mirante.

A descida estava bem escorregadia, pois havia chovido nos dias anteriores, com isso o solo ficou bem molhado. Paramos no Rio Paquequer para mais um descanso e para abaster nossa garrafa d’água antes de começar a subida final.

Na subida, mais um mirante incrível, que nos presenteou com uma vista maravilhosa do Morro da Cruz, da Verruga do Frade, Teresópolis e os Três Picos. Ainda antes de chegar ao destino final fomos em mais um mirante que nos permitiu ter uma outra vista da Agulha do Diabo.

Após 5h15 de caminhada, o ápice da trilha foi alcançado: o Mirante do Inferno. O nome pode intimidar, mas a realidade é um panorama celestial. De lá, é possível ver a Agulha do Diabo e outras formações rochosas famosas da região. O vento sopra forte, como se estivesse nos saudando por vencermos o desafio da montanha.

É preciso ter cuidado ao andar no mirante, pois ele fica bem na beira de um precipício. Todo cuidado sempre é bem vindo. Assinamos o livro que fica no cume para registrar que conquistamos essa trilha.

No mirante, o tempo parece parar, tanto que perdemos um pouco da hora de voltar admirando a paisagem. De lá era possível ver até a cidade do Rio de Janeiro, Baía de Guanabara, Escalavrado, Garrafão, Morro de Santo Antônio, Morro de São João, Teresópolis, Três Picos e muito mais. É um momento para refletir sobre a jornada, sobre os desafios superados e as belezas testemunhadas.

O retorno é uma viagem de introspecção, onde cada passo para baixo é um passo em direção à realidade cotidiana, mas levando consigo a certeza de que algo dentro de si foi transformado pela montanha. Chegamos de volta ao carro já de noite, passando por todo o caminho que fizemos na ida.

Confira o vídeo:

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