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Nesse episódio vou contar sobre meu dia em Uluwatu. Já antecipo que, se pudesse, eu teria ficado uns 3 dias por lá e que acabei deixando de fazer muitas coisas que queria em função do limite de tempo. Mesmo assim, a experiência foi demais! Sempre via pessoas comentando sobre o pôr-do-sol visto do templo de Uluwatu e suas danças com fogo, as praias para surfar e vistas maravilhosas. Estava na hora de ver com meus próprios olhos.
Dia 5 – Uluwatu
Como vocês lembram no último post, eu e a alemã estávamos em Nusa Dua naquela acomodação mais luxuosa que aquelas com que eu estava acostumado. Acordamos cedo, tomamos café da manhã, aproveitamos a piscina, praia e nos direcionamos a Uluwatu.
Também comentei sobre ter conhecido a menina da Alemanha pelo grupo de mochileiros do Facebook no último post, lembram? Aí que começa a parte engraçada. Uma menina da Áustria me mandou mensagem pelo mesmo grupo, querendo explorar a ilha também. A alemã me contou de uma menina que no mesmo dia, estava falando com ela sobre se juntar ao nosso “grupo”. E ambos pensamos “Por que não, né?”. No fim, descobrimos que estávamos conversando com a mesma menina e combinamos de viajar juntos pelos próximos dias, começando por Uluwatu.
Chegamos à nossa acomodação que reservamos via AirBnb. Era um quarto para dois, mas acabamos ficando em três. Mesmo assim, nossa estadia foi bem tranquila. Ah, se você for viajar em grupo, sempre dê uma olhada nos preços de AirBnb, porque quando o custo é dividido, pode acabar sendo bem mais em conta que os hostels, além de ter uma estrutura muito melhor.
Nossa acomodação ficava entre a praia “Pantai Uluwatu” e o famoso templo local a beira de penhascos. A facilidade para nos locomovermos por causa da localização da nossa acomodação foi essencial para aproveitarmos bem o único dia que tínhamos em Uluwatu.
Fomos almoçar em um restaurante ao lado e pela primeira vez acabei comendo um hambúrguer ao invés da comida local. Meu chinelo arrebentou no caminho e não tinha jeito de ajeitar. As meninas ficaram rindo, mas no nosso caminho para a praia “Pantai”, o chinelo da austríaca também arrebentou hehe tivemos que parar em uma barraca do caminho que vendia umas havaianas não muito verídicas por um preço também não muito barato, mas era a única opção que tínhamos. O chão estava muito quente e andar descalço não era uma opção naquele momento.
O caminho para “Pantai” é um tanto quanto curioso. São escadas e plataformas em zigue-zague repletas de lojas de bijuterias, roupas e tudo quanto é coisa relacionada a surfe. Infelizmente, em função do limite de tempo, não pude tentar surfar lá. Vocês lembram da ida até o vulcão que contei sobre no segundo post? Pois é, a menina da Inglaterra estava por Uluwatu e foi ao nosso encontro para curtir a praia e um barzinho. Essa não foi a única que vez que nos reencontramos na viagem, e isso é algo que eu realmente gosto nas minhas viagens. Conhecer tanta gente boa e reencontrar sempre que possível, compartilhando de toda a experiência de explorar o local e se fascinar mais a cada segundo.
Chegamos na praia e um macaco meio velho bloqueava o caminho da escada até a praia. Todo mundo me disse que em Uluwatu, a gente deve ter bastante cuidado com eles, mas esse só estava ali tranquilão, relaxando e logo mais saiu, dando passagem a todos que queriam ir até a praia.
Como não tinha prancha de surfe para eu usar, passar vergonha e tomar uns caldos, fiquei só pegando jacaré mesmo, mas não por muito tempo, pois a corrente estava forte.
Nós quatro fomos a um bar no topo da montanha ao lado da praia. Bebemos um pouco, trocamos uma ideia, curtimos a vista do gigantesco sol à nossa frente, assistimos os surfistas e desfrutamos da companhia uns dos outros. Ao lado desse bar, tem uma festa chamada “Blue Fin”, na qual não tive tempo de ir, porém a inglesa foi e disse que vale muito a pena. Fica a dica aí para quem for conferir o lugar e pra minha próxima visita também!
Estava ficando tarde e o sol estava baixando muito rápido! Tivemos que nos apressar para ir ver o templo de Uluwatu e nos despedimos da inglesa por hora. Tentamos usar os aplicativos para transporte, porém estávamos em uma área que o uso não era permitido. Todos motoristas tentaram cobrar mais caro ou se complicaram para encontrar onde estávamos. Acabamos por negociar com os motoristas locais e pagamos um pouco mais caro do que o aplicativo nos cobraria.
Chegamos a entrada do templo, pagamos Rp 20.000 (nem cinco reais) para entrar, vestimos as roupas locais que por sinal, são obrigatórias. Não pagamos os extras Rp 70.000 para assistir à Kecak dança de fogo, pois já estávamos atrasados o suficiente para perder a oportunidade. O templo é super bem estruturado, cheio de turistas e repleto de macacos prontos para tentar roubar algo das pessoas. Conheci muita gente que perdeu comida, bebida ou até mesmo celular por causa desses malandrinhos.
Seguindo pelo caminho até a vista principal, chegamos à beira do penhasco. Tínhamos que escolher entre ir para a esquerda ou direita para assistir ao pôr do sol. A nossa direita estava repleta de macacos pelo caminho inteiro e a vista parecia ser bem parecida com a da esquerda. Optamos pela opção mais segura em função de todas as câmeras que carregávamos e fomos para o lado esquerdo do templo. Assistimos a esse pôr do sol magnífico junto a esta vista cênica e é algo que eu jamais me esquecerei.
Voltamos para casa a pé, porque dessa vez tínhamos tempo, né? Jantamos em um restaurante local que tinha uma varanda com uma vista muito legal ao nosso redor. Não me lembro o nome, mas se fizerem questão de saber onde é, tento pesquisar e achar para vocês.
Voltamos para o nosso quarto e fomos dormir, porque no dia seguinte, nos direcionaríamos para a minha ilha favorita de Bali: Nusa Penida. Vocês vão ver no próximo post e se não gostarem da ilha, tão mentindo.
E ah, mais outros dois lugares de Uluwatu que muita gente vai, mas que não tive tempo de conhecer: Padang Padang beach e Dreamland beach.