Viagem para Bali: Jimbaran, Nusa Dua e Kuta

Tempo de leitura: 8 minutos

Esse artigo vai cobrir dois dias da viagem ao invés de um só, já que foram bem menos agitados que os outros. Também vai dar uma boa noção do que esperar das acomodações de custos normais e mais elevados em Bali, além de contar toda a história de explorar 3 áreas da ilha em 2 dias.

Dia 3 – Jimbaran

Encontrei pessoas do hostel em que eu estava hospedado em Ubud e que queriam ir para o mesmo “lado” que eu nesse dia. Nos juntamos e pegamos o primeiro motorista que vimos na rua (como dito antes, o que não falta é opção) e começamos a negociar o preço para variar, né?

Por ser o mais distante, meu destino foi o último, mas não era tão longe dos demais. Cheguei a “Jimbaran”. Um pouco ao sul do aeroporto, Jimbaran é conhecido por seu colorido pôr-do-sol na beira da praia, o qual não tive tanta sorte com as diferentes cores e suas acomodações baratas de alta qualidade.

Tirei esse dia para relaxar um pouco no hotel, curtir a piscina no terraço e descansar antes de curtir a praia. Fiquei no “Nirmala Hotel Jimbaran” e não tenho o que reclamar já que fui tratado como rei por 240 mil rúpias (57 reais). Apesar de não ser a acomodação mais barata, com certeza não deixou nada a desejar.

Descansado, resolvi ir para a praia a pé por não ser tão longe. Com o auxílio do Google Maps, achei que seria fácil, né? Mal sabia eu que o Google não havia mapeado direito as pequenas ruas em forma de labirinto do meio da cidade.

Tive que dar uma volta enorme até chegar a praia e trocar de rota inúmeras vezes. Apesar de tudo, foi o momento em que realmente pude ver como os locais viviam e os templos que construíram em cada casa.

Cheguei a praia finalmente! Nenhuma onda e não muita gente (mal sabia eu que ao chegar perto do horário do pôr-do-sol, a praia seria tomada por turistas). Fiquei horas e horas só curtindo a vista, comendo e bebendo nos restaurantes à beira da praia. E ah, se tiverem curiosidade sobre a comida, que venho comentado aqui, procurem experimentar os clássicos “Nasi Goreng”, “Mie Goreng” e “Beef Rendang”, tenho certeza que não vão se arrepender.

Mesmo com a praia tendo ficado lotada, foi uma vista de perder o ar. O sol parecia uma bola de fogo gigante que conforme descia, mais vermelho ficava. Nunca vi algo igual! Uma pena as fotos não conseguirem mostrar o que realmente foi, mas fica aí um gostinho da experiência.

E ah, tem um passeio de barco chamado “Black Pearl Jimbaran Bay” que o pessoal vai assistir o pôr-do-sol em um ponto no meio do mar em grupo e todo mundo falou super bem. Só não fiz por falta de tempo, então fica a dica aí!

Dia 4 – Nusa Dua e Kuta

No dia seguinte, chamei um “Grab” (o aplicativo de transporte da indonésia com as motinhos, lembra?). Meu destino era Nusa Dua, ao leste de Jimbaran, também conhecida como a área de esportes aquáticos da ilha.

Não contei para vocês antes, mas por ter sido a minha primeira viagem “mochilando” por aí sozinho, entrei em contato com diversas pessoas que estariam em Bali na mesma época através de um grupo de mochileiros em Bali no Facebook. Acho que não preciso nem falar, mas por medidas de segurança, sempre se certifique que a pessoa que você está falando é real, né? Através desse grupo, combinei com uma menina da Alemanha de viajarmos juntos pelos próximos 7 dias da viagem.

Ela só chegava no fim da tarde e combinamos de nos encontrarmos na acomodação, a qual ela havia reservado há tempos. Honestamente, Nusa Dua nem estava nos meus planos da viagem, mas fiquei feliz por ter visitado a área. Pedi para o motorista me largar em um lugar chamado “Turtle Island”, mas eu nem sabia o que esperar ou como chegar lá.

Demos umas três voltas ao redor do destino tentando encontrar. Acho que foi difícil mais pelo fato de ele não saber falar nada de inglês. Enfim, depois de muito esforço e perguntas aos locais, chegamos ao local onde levavam para a tal da ilha das tartarugas. Parei no bar de lá para tomar um suco, olhar as atrações do local e os esportes aquáticos que tinham para fazer lá. Ah, se você gosta de doce, você vai amar Bali. Tudo que vai açúcar lá, sucos, drinques e etc., são extremamente doces.

No fim acabei nem indo para a tal da ilha, porque um esporte aquático realmente me chamou muito atenção lá. Conhecido como “Flyboard”, uma prancha é presa aos pés da pessoa e dois jatos d’água saem da prancha, vindo por um tubo conectado a um jet ski. Tem como não querer fazer? Ainda mais em um lugar tão barato como Bali! Decidi me aventurar por meia hora no esporte novo e deixar de fazer o básico snorkel e demais esportes que também eram bem interessantes por sinal.

Me ofereceram uma penca de descontos nos demais esportes depois que fiz o primeiro, mas como queria ver mais da área, resolvi sair de lá e ir ao sul de Nusa Dua para um parque que até hoje não descobri o nome. Se você descobrir, me conta por favor! Mas antes disso dei uma caminhada pela praia que vale a pena conferir como vocês podem ver abaixo:

Fui para o tal do parque sem nome como comentei antes e a ideia era ir ver os jardins, praias, estátuas, portões e um lugar em particular chamado “Water Blow”, onde as ondas se chocam contra penhascos e molham todo mundo por perto. Parece divertido, não? Pena que quando cheguei lá, estava fechado devido às grandes ondas recentes. Apesar do imprevisto, o lugar é uma ótima caminhada com vistas muito bonitas!

 

Fui encontrar a alemã e largar nossas coisas na acomodação em que estávamos hospedados, que era top demais por sinal! Era um resort chamado “Bali Reef Resort” e os preços eram bem altos por quarto, mas a alemã conseguiu um preço muito bom com um pacote, então ficou tranquilo!

Se não me engano, o preço era em torno de US$140 por noite, então se você tem dinheiro sobrando e quer só relaxar em um resort, super recomendo. Tudo era muito limpo, organizado, piscinas ótimas e parte da praia era basicamente só para a gente.

Que fique claro que Nusa Dua, Kuta e Jimbaran não são locais caros. Você pode encontrar acomodações dos preços mais variados em tudo quanto é lugar da ilha principal de Bali.

Anoitecendo, resolvemos ir até Kuta. Famosa por seus preços baixos, praia e festas, Kuta é o ponto principal de Bali para a vida noturna. Eu particularmente não priorizo isso em minhas viagens, mas uma festinha não era má ideia.

Se eu tenho uma dica para vocês em relação a esse lugar, é que vocês tem que sair com antecedência, porque o trânsito por lá é simplesmente caótico. Muito pior que qualquer lugar do Brasil em que já estive.

Também ouvi uma galera dizendo que não é um dos lugares mais seguros para se andar na rua de noite com itens de valores à mostra, mas que fique claro, que em nenhum momento me senti inseguro em Bali (muito pelo contrário, me senti muito mais seguro que no Brasil).

Eu mesmo tive uma má experiência por lá, mas foi no último dia dessa viagem toda, e vou deixar para contar em outra oportunidade. Enfim, voltando ao que fizemos por lá, fomos a rua “Jl. Legian Kaja”, que era onde ficavam todos restaurantes, bares e festas. Jantamos em um restaurante super bom e barato como sempre, tomamos a cerveja local Bintang, alguns drinques e fomos para a famosa festa “Sky Garden Bali”.

Aliás, quem me conhece sabe que eu não sou muito fã de cerveja, mas pela primeira vez na vida eu realmente gostei de uma. Vocês precisam experimentar. Não tem nada melhor que ir para uma praia de lá e aproveitar, tomando uma Bintang.

Voltando ao Sky Garden Bali: um amigo me disse para chegarmos cedo, porque aparentemente das 17:00 até às 21:00, a comida e bebida é liberada por mais ou menos R$28,00 (não tenho como confirmar essa informação mais). Por conta do trânsito, esse não foi o caso, então acabamos indo para a festa mais tarde e pagamos mais caro também. A festa é gigantesca e está sempre lotada, não tem como não curtir, ainda mais se você vai com amigos.

De madrugada, voltamos para o resort em Nusa Dua para dormir, porque o dia seguinte ia ser agitado mais uma vez, só que dessa vez em Uluwatu com templos, penhascos, surfe e boa companhia.